Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Walther Morais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Walther Morais. Mostrar todas as postagens

DOIS MISSIONEIROS

TÍTULO
DOIS MISSIONEIROS
COMPOSITORES
LETRA
JUCA MORAES
CARLOS OMAR VILLELA GOMES
MÚSICA
NILTON FERREIRA
INTÉRPRETE
NILTON FERREIRA
RITMO
MILONGA
CD/LP
03º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
FESTIVAL
03º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR
MELHOR ARRANJO
MÚSICA MAIS POPULAR

DOIS MISSIONEIROS
(Juca Moraes, Carlos Omar Villela Gomes, Nilton Ferreira)

A lança espelha a Guitarra,
O lunar se faz garganta...
Dois tempos, sentando as garras
No lombo forte do pampa.
Unindo as trilhas da história
Dois tauras, mesmas verdades...
Pra um povo que tem memória
Se abraçam na eternidade!

Estradas que se confundem
Essência, cerne, bravura...
Idéias que não sucumbem
Ao fio das dores mais puras.
Honrando a Cruz Missioneira
Sacrossanta identidade...
Criando o mais belo poema
Que já semeou liberdade.

“.... Esta terra tem dono! ”
O grito ainda ressoa...
E encontra o canto dos livres
Nos hinos que o povo entoa!
Um mundo por construir,
Unidos na mesma fé
A alma de Cenair
E o coração de Sepé!

Se a terra está mais vermelha
Do sangue herói combatente,
Usou a mesma centelha
Pra forjar outro valente!
As duas vozes se ergueram
Ganhando céus e paixões
E vivas permaneceram
No ventre das Reduções.

Apenas dois missioneiros
Em dois tempos diferentes...
Um cantor, outro guerreiro
Peleando na mesma frente !
Duas Histórias que encantam,
Maiores que paz e guerra...
Mostrando que as águas cantam
O mesmo sonho da terra!


De Gaúchos e Cavalos

De Gaúchos e Cavalos
(José Atanásio Borges Pinto, Walther Morais)

Amigos peco licença para trancar minha rima
E daqui, de serra acima cantar versos de aporfia
Pra falar na valentia de gaúchos e cavalos
Pois me dá gosto lembra-los no rodeio em vacaria

No rodeio em vacaria onde a história se repete
Aporreados e ginetes peleiam com altivez
Em um ventito quando em vez faz arrepiar a restinga
Deixando no ar a mandinga e a alma de trinta e tres

A alma da trinta e três do rasga-diabo ou do bozo
Deve andar baixando o tozo no meio da gauchada
E cada venta-rasgada égua chucra, potro maula
Me faz lembrar os "de Paula" numa linda gineteada

Numa linda gineteada como o vigil já fazia
Igualzito o João Maria o ginetaço lageano
E os de "Allá", os castelhanos Don Luiz rosa, Don Danilo
Cada qual com seu estilo bem no jeitão campechano

Bem no jeitão campechano o Graciliano Medeiros
Esporeava caborteiros desde a paleta até o focinho
E o Aníbal Silva, Borginho, Ari nunes e outros tantos
Desafiavam quebrantos do "vovô" do passarinho

Do "vovô" do passarinho e das luas aporreadas
A lua cheia e a prateada com a mandraca lá em cima
As duas diabas divinas que a gineteada temia
E quase sempre saia voando por sobre as crinas

Voando por sobre as crinas e antecipando o bailado:
Milonga, xote-solado última valsa, rancheira
Meia noite ou noite inteira a corcovear pelo mundo
Sem parar um só segundo pra sapatear a vanera

Pra sapatear a vanera e pra escutar o relincho
Do tobiano capincho corcoveando meia-hora
E depois sai campo a fora pra visita a namorada
Com a lobuna prateada troteando abaixo de espora!

Venham todos! Venham todos! A lenha já está queimando
A carne gorda pingando e um mate bueno cevado
Pela cancha um aporreado a espera de um domador
Gaita, violão e cantor e prendas por todo lado



De Gaúchos e Cavalos - Walther Morais by guascaletras

Se Preparando


Se Preparando
(João Sampaio, Elton Saldanha, Walther Morais)

Encilhei um pingo bueno mais ligeiro do que um raio
Irmão daquele tordilho famoso do João Sampaio
Dei um golpe na guaiaca num tirão a queima bucha
E fui lá no Miguel Flor comprar uma pilcha gaúcha

Um par de botas de capincho e a faixa que a negra fez
Um chapéu marca mangueira e uma bombacha xadrez
Um borrachão de cachaça da aspa de um boi franqueiro
Com quinze litros de canha pra convidar os parceiros

E aí morena que é que achou das minhas encilhas
E aí morena que é que achou das minhas encilhas
Eu estou me preparando pra Semana Farroupilha

Um par de chilena antiga mordedera de virilha
E um paierão de três palmos perfumado a figueirilha
Fiz um preparo de doze uma badana e um reio
E pra enfeitar o paisandú um pelegão dos vermeios

Um laço de Santo Antônio feitio do Juca pachola
Vou atar o cacho no pingo e botar ele a bater cola
Morena não leve a mal essa minha estampa gaúcha
Se te agradar do bagual vou te levar na garupa

Tirando Balda


Tirando Balda
(Mário Nenê, Getulio Silva, Walther Morais)

Fui me vendo aos pandarecos pelo barral da mangueira
Numa fria sexta feira de garoa acinzentada
Meu chapéu vertendo água e as bombachas num charco
E o lombo do potro um arco lindo pra uma gineteada
Se veio querendo briga bufando e dando pataço
Mostrei o pulso e o braço do taura que tem forquilha
Deixei de lado as encilhas e saltei no lombo de em pelo
Saiu deitando o cabelo coas rosetas na virilha

Pra tirar balda de potro não importa o tempo feio
Se é no pelo ou no arreio qualquer jeito se arrocina
Trouxe de berço esta sina quando encilho quebro o cacho
Se o mundo virar pra baixo fico grudado nas crinas

Dava pulo corcoveando me levantando pra o céu
Fui perdendo o meu chapéu e as rosetas campo a fora
Domador não se apavora com caborteiro sotreta
Fui cravando nas paletas o que sobrou das esporas
Quando chegou na restinga parou e ficou estaqueado
O couro todo lanhado mais brabo que mamangava
Saiu costeando as aguada com jeito de traiçoeiro
Voltou juntando os terneiro, reconheceu quem mandava

Pra tirar balda de potro não importa o tempo feio
Se é no pelo ou no arreio qualquer jeito se arrocina
Trouxe de berço esta sina quando encilho quebro o cacho
Se o mundo virar pra baixo fico grudado nas crinas

Ritual De Campo E Milonga



Ritual De Campo E Milonga
(Marciano Reis, Luiz Cardoso)

A sombra grande da tarde desceu comprida mais lenta
Sobre o juncal dos açudes com suas águas barrentas
Da pobre rês desgarrada a dor escapa no berro
Sentindo fundo no quarto a marca quente do ferro

Homens arrastam esporas no entra e sai dos galpões
Cansados na desencilha pra um mate ao pé dos fogões
A palha boa pro fumo pros lábios um gole de pura
E uma guitarra en las manos onde há paixão e ternura

Então o verso se arranca na guela vindo pra fora
E a alma doce liberta meu sonho na mesma hora
De andar cantando pros outros com queixos de noite longa
Amores, pago, querência, ritual de campo e milonga

O tosador lá do povo que vem pra sapra dos pila
Envelheceu já faz tempo mas não se cansa da esquila
Um lago de prosa mansa no campo afora em distância
Interte um pouco da indiada montando os potros da estância

Mas quando chega o inverno com o frio vem o temor
E até o coração mais bruto reclama a falta de amor
É quando as coisas da vida já não se ajeitam no tranco
E uma saudade de china desquina vindo do pranto

Então o verso se arranca na guela vindo pra fora
E a alma doce liberta meu sonho na mesma hora
De andar cantando pros outros com queixos de noite longa
Amores, pago, querência, ritual de campo e milonga

Quadros Campeiros Do País Dos Gaúchos

Quadros Campeiros Do País Dos Gaúchos
(João Sampaio, Erlon Péricles, Elton Saldanha)

O sol rubro no horizonte
Vai se sumindo ao tranquito,
Parece um fogo alumiando
Os repechos do infinito.
No ermo da costa do mato
O vento assobia e corta,
E um taura atira uma flor
Na cruz da lembrança morta.

A lua num pala branco
Lá nos manguerões do céu,
E um João grande triste acena
Um branco adeus a lo léu...
Um paisano solitário
Vai chiflando em tom profundo,
E milongueando recuerdo
Nas noites ermas do mundo.

Ali... Onde o vento uiva...
Pedindo que alguém decifre,
Um touro escarvando terra
Levanta a pátria nos chifres...
E eu cantando milongas
No chão mais gaucho que existe!

Ecoa distante o canto
De um galo madrugador,
Um campeiro faz a ronda
Com a tropa no corredor.
Uma carreta toldada
Tempo adentro rechinando,
Um causo a beira do fogo
De quem se patriou peleando.

Um contrabando na noite
Antes que clareie o dia,
Um cusco agarra um tatu
E uma ovelha lambe a cria.
Um grilo vai canturiando,
Um relincho dum aporreado,
Um parelheiro na soga
E um cantante apaixonado!

O Bolicho Do Tchalo

O Bolicho Do Tchalo
(Rafael Teixeira Chiappetta, Carlos Madruga)

Quem veio de longe, quem veio de perto
Que entre no mas que o bolicho ta aberto
Se a goela ta seca com teia de aranha
Se achegue pra diante, pra um trago de canha
Tem canha solita, tem canha com funcho
Aqui rapadura não cria caruncho
Tem banha de porco das buena e cheirosa
Porem só em cima, que é meio rançosa
Aqui no bolicho, tem fumo de rolo
Conforme a tragada, pateia o miolo
Os anos se passam, se vai o granito
Mas tem a vantagem, espanta mosquito
Bolicho gaúcho é aquele do tchalo
Que serve uma bóia, com carne de galo
A bem da verdade comi um jacu
E o trago foi largo, na sombra do umbu

Tem água de cheiro, pra índio valente
Se errar a dosagem, tonteia o vivente
Se a caso a mimosa, for boa de olfato
A china desmaia, no cheiro do extrato
Aqui no bolicho tem charque de chibo
Só vendo por manta, e não passo recibo
O chibo engordou comendo carqueja
E não faça causo de alguma vareja

Passando O Mango Na Morte

Passando O Mango Na Morte
(Getulio Silva, Mario Nenê, Walther Morais)

A morte é uma potra xucra que não se amansa no mais
Um dia o vivente cai e vai pra dentro do chão,
Pouco importa se é patrão, capataz ou peão campeiro
A morte não tem parceiro, nem faz grau de distinção
Nem por isso tenho medo vou quando chegar a hora
Se me enredar nas espora, são os cavaco da lida
Quando o rodeio da vida, embretar as esperanças
Então só serei lembrança, porque me fui de partida

Não sou de fazer lamuria, ficar chorando mazela...
Aos tombos me livro dela, amadrinhado c’oa sorte,
Arreglando meus arreios, metendo bocal e freio
Faço da vida um floreio, passando o mango na morte

Por isso meu companheiro, vou gambeteando a danada
A trotezito na estrada, sem pensar na minha ida,
Da morte não tem saída, vamos pelear e viver
Educar e aprender, dando mais valor a vida
Vou pilchando meu destino de alegria e de prazer
Pois de que adianta sofrer pelas migalhas que herdamos
Se na morte não levamos os nossos bens materiais
Só vão junto os ideais e o amor que proporcionamos

Chamarrona De Campanha

Chamarrona De Campanha
(Getulio Silva, Diego Goulart Muller, Walther Morais)

Chamarrona de campanha
Floriada a dedo de taita
Numa empoeirada gaita
Comprada lá nas carreiras
Dita as noites missioneiras
Neste galpão macanudo
Onde se encontra de tudo
Destes lados da fronteira

Eu que me criei campeiro
Conheço o galo que canta
E o mais florão das percantas
Nos bailes de chão batido
Pois me vejo comovido
Quando o instinto me apura
A floria lotes de jura
Cochichando ao pé do ouvido

Chorominga a botoneira
Todo mundo sarandeia
O candieiro balanceia
No tranco da chamarrona
Minha guecha redomona
La embaixo da figueira
Relincha a noite inteira
Pra os bufido da cordeona

Escarvando o chão da sala
Vou de um jeito mal costiado
Num romance abagualado
Aonde a chinoca esbarra
Que um ponteio de guitarra
Dita o embalo da dança
Se mi’alma xucra balança
Num compassão de chamarra

E sei que um baile de candieiro
É um bagual intretimento
Pra um índio cento por cento
Se embalar na chamarrona
Nos braço d’uma temporona
Nas bailantas missioneiras
E bailar noites inteiras
Inté encharcar a carona

Xixo De Rancho

Xixo De Rancho
(Volmir Dutra)

Escutei uma cordeona do alto de uma coxilha
E a lua espelhava o brilho
Na prata das minhas encilha
E o rio grande por ser grande
Andei mais de légua e pico
Por ter coceira nas pata
Sem um farrancho não fico

Peguei o jeito pra campear o que preciso
Jogatina, trago e china
Me largam de bolso liso
Sou fandangueiro
E na vaneira eu deslizo
Pois sempre assino de espora
O chão da bailanta que piso

Bombeei pra costa do mato
E o rancho véio fervia
Um formigueiro de gente
Que lá de fora se via
E a morena perfumada
Com cheiro de primavera
Me arrastou pro sarandeio
Com negaceios de fera

Sou taura e venho de longe
Farejo onde tem fuzarca
Se me grudo na pinguancha
Danço tudo quanto é marca
Se o gaiteiro é meio manco
E acaso fique devendo
Num xixo véio de rancho
Na cordeona me defendo

Bagual Picaço

Bagual Picaço
(Getulio Silva, Walther Morais)

Certa feita me ajustei
Na estância do seu ponciano
Pra domar um bagual picaço
Que beirava cinco anos
Crioulo ali dos queimados
Lindeiro da terra dura
Este picaço afamado
Pingo de linda figura
Era o senhor das coxilhas
Sem nunca ter visto o laço
Tinha por cama as flexilhas
O famoso bagual picaço
Trouxe junto com a manada
Da invernada capororoca
Bufando e corcoveando
E coiceando na maçaroca

E ao chegar na mangueira
Deixei a poeira baixar
Enquanto a peonada faceira
Mateava a lhe contemplar
Discussões e gargalhadas
La na frente do galpão
Gabolices e patacuadas
Das lidas de domação
Com jeito botei o laço
Golpeando senti o perigo
Aos coices e manotaços
Passei lhe o pé de amigo
Arreglei as loncas do lombo
Daquele picaço infame
Arcado que nem porongo
Que da em cerca de arame

Alcei a perna seguro
No santo Antonio de prata
Já foi escondendo o quengo
No meio das duas patas
Saiu berrando e corcoveando
Só ouvia o ranger dos bastos
Várzeas, canhadas e coxilhas
Cruzamos riscando os pastos
Ficamos horas extraviados
Pras bandas do boqueirão
As vezes perto das nuvens
Outras pertinho do chão
Se debulhando o endiabrado
Du puarva madurao
Inté parecia um mandado
Que vinha rachando o chão

Entregou-se o rei das coxilhas
E atende a qualquer upa
Ficou bueno de encilha
E bem mancinho de garupa

Flor Gaucha Do Itaqui (Dona Josepha)

Flor Gaucha Do Itaqui (Dona Josepha)
(João Sampaio, Walther Morais)

Licença dona Josepha pra este xiru campeiro
Quero cantar pra senhora um verso xucro e galponeiro
E “acavala” uma vanera das de floxá pessegueiro
Quando eu abro esta cordeona o bicharedo sai da toca
Os touros berram mais grosso tatu peludo cavoca
Escuitando esta vanera que além de troncha é pitóca

Cada vez que espicho a gaita lembro da Josepha cunha
Acordo o sol com um gaitaço e só co deus por testemunha
Chairo a goela... Abro o peito e agarro o rio grande a unha

Quando deus criou este mundo começou pelo Itaqui
Terra da Josepha cunha do Uruguai e do ibicui
Meu velho rincão da cruz que eu amo desde de guri
Com ela aprendi também um mandamento sagrado
Que cavalo de gaucho seja lobuno ou bragado
Não bebe água em balde nem come pasto cortado

Com ela foi que aprendi outra coisa meu parceiro
Que pelo trote de longe se avalia o parelheiro
E pelas garras que usa se conhece o bom campeiro
Sigo guasqueando a cordeona neste jeitão missioneiro
Lembrando a Josepha cunha virei ginete e gaiteiro
E vou domando esta vaneira que é de floxa pessegueiro

Não Sou Gaucho De Andar Inventando

Não Sou Gaucho De Andar Inventando
(Getulio Silva, Mario Nenê, Walther Morais)

Nasci na costa do cerro sempre lidei com manadas,
Sou parceiro da verdade, entre prosa e patacoadas
Eu sou do rio grande velho sempre sustento o que digo
Proseio com quem conheço e não falo mal dos amigos,
Depois da palavra dita não tem jeito de voltar
Por isso aprendi na vida, pensar antes de falar

Para quem não me conhece e anda por mim perguntando
Sou do lombo do cavalo, sustento o que estou falando
De fato! Eu não sou gaúcho de andar no mundo inventando...

Depois que eu der a palavra não precisa documento,
Não volto atrás no que digo não reduzo  e não aumento
E quem diz o que não deve, sempre escuta o que não quer
Por isso tenho cuidado com negocio e com mulher
O homem que fala muito por vez se enreda em maneia
Se o caso for desse jeito da divorcio e da cadeia

Conheço muitos viventes que andam falando lorotas
Não cumprindo os compromissos, vendendo as bombacha e botas
Outros tantos vão seguindo falando da vida alheia
E alguns que são abonados choram de barriga cheia
Pra sobreviver no mundo cada um faz o que pode
Eu ando de espinha reta honrando o fio do bigode

Bagual De Corredor

Bagual De Corredor
(Julio Fontela, Adalberto Machado, Jorge Guedes)

Da licença companheiro que o bagual vai da um relincho
Mais xucro que touro alçado mais arisco que capincho

Vim no mundo por engano não sei que jeito ou maneira
Criado a leite de égua que nem burro pra carreira

Igual pastor de manada gaudério e namorador
Arrinconado no cambicho nas tianga de corredor

Eu levo a vida no tapa e a sorte vem de arrepio
Passo o tempo gauderiando na terra que me pariu

Só não quero ajojamento gosto de andar sozinho
Sem sirigote no lombo e sem buçal no focinho