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VERSOS PARA UM FRONTEIRIÇO

  

TÍTULO

VERSOS PARA UM FRONTEIRIÇO

COMPOSITORES

LETRA

LEONARDO SARTURI

NENITO SARTURI

MÚSICA

LEONARDO SARTURI

INTÉRPRETE

ANALISE SEVERO

RITMO

CD/LP

01º LAMPIÃO DOURADO DA CANÇÃO

FESTIVAL

01º LAMPIÃO DOURADO DA CANÇÃO

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

 

VERSOS PARA UM FONTEIRIÇO
(Leonardo Sarturi, Nenito Sarturi)
 
Quando te soltas, melodia afora
Cerrando os olhos às coisas mortais
Nem vês que a d’alva culatriando a aurora
Radiante afora nos campos astrais
 
Os teus acordes plenos de alegria
Tem a magia que os sonhos refaz
Força e unguento pras dores da vida
E para lhe dar mais ternura e paz
 
Ah, violão, ah violeiro
Lua e luzeiro que a arte acendeu
Ah violeiro, ah violão
Esta canção bebe da inspiração
No tom que Deus te deu
 
Ferindo as cordas com teus sentimentos
Trançando tempos de pura emoção
Vais repontando penas e lamentos
Trazendo alentos para o coração
 
Os teus sonidos de campo e fronteira
Feito tronqueira, desafiando os ventos
Tem linitivo para a vida inteira
Alma estradeira que resiste aos tempos

AOS TEUS OLHOS DE MENINA

TÍTULO
AOS TEUS OLHOS DE MENINA
COMPOSITORES
LETRA
NENITO SARTURI
IVO BRUM
MÚSICA
MIGUEL MARQUES
INTÉRPRETE
MIGUEL MARQUES
RITMO
CANÇÃO
CD/LP
14º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
FESTIVAL
14º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR


AOS TEUS OLHOS DE MENINA
(Nenito Sarturi, Ivo Brum, Miguel Marques)

Onde andará a menina, que o tempo envelhece
Onde andarão os seus olhos, para a alegria dos meus?
Mesmo longe eu estou perto através dos olhos seus
Será que amenina enxerga quanto enxergo eu?

E quando me encontro assim, peregrinando horizontes
Percebo um pouco de mim nesses seus olhos brilhantes
Ah menina dos meus olhos, deito meus olhos nos teus
Pois através do teus olhos me vejo perto dos meus.

Toda vez que eu olho o campo por onde a vejo passar
A saudade desce um manto nos confins do teu olhar
Eu sei que não deveria ter apego a este olhar
E fazer-se a fantasia, e de sempre a me rondar.

Então me escondo sozinho nos olhos dessa pequena
E me entrego um pouquinho à nostalgia terrena
Ah menina dos meus olhos, deito meus olhos nos teus
Pois através do teus olhos me vejo perto dos meus.



NAS RAIAS DO OCASO

TÍTULO
NAS RAIAS DO OCASO
COMPOSITORES
LETRA
NENITO SARTURI
MÚSICA
ANDERSON MIRESKI
NENITO SARTURI
INTÉRPRETE
NENITO SARTURI E GRUPO MANANCIAL
RITMO
MILONGA
CD/LP
12ª GALPONEIRA DE BAGÉ
FESTIVAL
12ª GALPONEIRA DE BAGÉ
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR
MELHOR LETRA
MELHOR INTÉRPRETE: NENITO SARTURI

NAS RAIAS DO OCASO*
(Nenito Sarturi, Anderson Mireski)

Quando às mãos falta a força e a firmeza,
O olhar insone já não sabe pra onde vai,
As idades se confundem e se somam
E nós, filhos, somos “pais” dos próprios pais..
.
Nossos “braços” multiplicam-se na casa,
Espalhando corrimões nos corredores,
Então somos “arquitetos”, “engenheiros”,
Para, em vão, amenizar as suas dores...

Os sofás, os tapetes, as escadas,
São vilões, a assombrar o entardecer,
Das paredes do banheiro “brotam” barras,
Feito garras com a missão de proteger.

E nas raias da velhice, que judia,
Vislumbrando o fio da vida, que se vai,
Concluímos que, ao final, por ironia,
Todo filho vira “pai”, dia após dia,
No implacável ocaso de seus pais!

Então somos guardiões a quem, de graça,
Deu-nos vida e, por nós, tanto já fez,
Invertemos os papéis nessa “jornada”
- Vivenciando a derradeira “gravidez”...

Triste o filho que não busca ser constante,
Despedindo-se aos pouquinhos, cada dia,
E feliz daquele filho que dá o colo
Para a mãe quando a “passagem” principia.

Quando a vida se esvai, num sopro tênue,
Aninhado e abraçado ao seu “guri”,
Qualquer pai só quer sentir, ao fim de tudo,
Que seu filho está presente, junto a si!...

*Inspirada em Texto de Fabrício Carpinejar


CORAÇÃO DE TROPEIRO


TÍTULO
CORAÇÃO DE TROPEIRO
COMPOSITORES
LETRA
PAULO REIS
MÚSICA
NENITO SARTURI
INTÉRPRETE
PAULO REIS
RITMO
CD/LP
6º CANTO NATIVO DE SANTO AUGUSTO
FESTIVAL
6º CANTO NATIVO DE SANTO AUGUSTO
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES

CORAÇÃO DE TROPEIRO
(Paulo Reis, Nenito Sarturi)

O vento guasqueia forte a aba do meu chapéu
E a chuva caindo mansa é um manto negro no céu
A noite tornou-se triste sem o brilho das estrelas
E a ronda fica mais longa se a lua não é parceira

Quebra o silêncio da noite a voz forte do ponteiro
A solidão faz pousada no coração do tropeiro
Já faz mais de uma semana que ouço o berro do gado
Fazendo tropa em reponte nas patas do meu tostado

Em cada quarto de ronda lembro a china que me espera
Cuidando do meu piazito com o cusco de sentinela
Meu flete mascando o freio há dias já vem cansado
Bandeou Santa Catarina, cruzando o Uruguai a nado

Quebra o silêncio da noite a voz forte do ponteiro
A solidão faz pousada no coração do tropeiro
Já faz mais de uma semana que ouço o berro do gado
Fazendo tropa em reponte nas patas do meu tostado


Lá no Fim da Avenida

Lá no Fim da Avenida
(Juarez Fialho, Pedro Mauro, Rodrigo Rascopf)

Lá no fim da avenida,
Existe um sonho sonhado!
Persiste um grito calado,
Lá no fim da avenida!

O ferroviário orgulhoso em seu labor
Tinha valor numa classe que se eleva
A Vila Belga vistoso cartão postal
Um manancial que tombado se preserva

O Rio Hotel, pensão do Juca Monteiro
Um formigueiro de viajantes com sacolas
Tosca galhota do tio Eugênio Ferreira
Os bagageiros labutando lá na gare

Alto falante do ceguinho anunciando:
Está chegando o “Fronteira” já atrasado!
Canto entonado de um tal de Teixeirinha
Na outra linha outro trem já sai lotado

Cooperativa dava bóia para o povo
E um rumo novo pras bodegas de então
Na comunhão da família ferroviária
Que fez história, um orgulho deste chão

O bebedouro foi qual marco eregido
Hoje esquecido a memória dilapida
Quantas feridas, tantos sonhos e verdades
Choro saudades, lá no fim da avenida

Alto falante do ceguinho anunciando:
Está chegando o “Fronteira” já atrasado!
Canto entonado de um tal de Teixeirinha
Na outra linha outro trem já sai lotado

Almejo um tempo dissipado pelo tempo
De encantamentos, esculpidos nas retinas
Vejo neblinas ofuscando os descasos
No triste ocaso lá no fim da avenida

Alto falante do ceguinho anunciando:
Está chegando o “Fronteira” já atrasado!
Canto entonado de um tal de Teixeirinha
Na outra linha outro trem já sai lotado

Lá no fim da avenida,
Onde mora o desencanto,
Hoje ecoa o meu canto,
Feito um clamor pela vida!

Alto falante do ceguinho anunciando:
Está chegando o “Fronteira” já atrasado!
Canto entonado de um tal de Teixeirinha
Na outra linha outro trem já sai lotado


Intérpretes: Cesar Lindemeyer, Nenito Sarturi, Pedro Mauro

Pai

Pai
(Nilton Ferreira, Nenito Sarturi)

Pai, eu voltei pra dizer que te amo, a estrada foi longa pra mim
Reacendi uma chama que há tempo se apagou na saudade de ti
Pai, chega a hora que a vida nos cobra qual caminho escolher e seguir
Pra quem parte a incerteza no rumo, pra quem fica a vontade de ir

Fui me embora mas levei comigo teu luzeiro alumiando meus passos
O teu colo, teu ombro de amigo e a ternura do teu largo abraço
É por essas e outras que agora, muito embora cumprida a missão
Busco a paz dos bons tempos de outrora e esta seiva que brota do chão

Pai, é teu filho cansado que volta, qual ovelha seguindo o pastor
Feito o pródigo após a revolta, vim pedir teu perdão por amor
Pai, sei que as lutas do meu dia a dia me impediram de vir te abraçar
Mas confesso que a dor da saudade foi mais forte e me fez retornar

Fui me embora mas levei comigo teu luzeiro alumiando meus passos
O teu colo, teu ombro de amigo e a ternura do teu largo abraço
É por essas e outras que agora, muito embora cumprida a missão
Busco a paz dos bons tempos de outrora e esta seiva que brota do chão



Intérprete: Nilton Ferreira

Apenas Gaúcho

Apenas Gaúcho
(Nenito Sarturi, Nilton Ferreira)

"Me deem licença senhores
Pra expressar meus sentimentos
Frente aos acontecimentos
Que estão a me afligir
A tempos venho notando
Tudo que andam falando
Mas hoje, ah... hoje vou me insurgir"

Será que só quem se pilcha
É que conhece o floreio
Só quem laça no rodeio
É que honra as tradições
Quem não falar em cavalo
Não pode ser um campeiro
Deixa de ser missioneiro
Quem não cantar as missões

Repartir o Rio Grande
É insanidade pura
Um estado onde a cultura
É rica por todo lado
Índios, lusos, espanhóis
Mestiços ou italianos
Podemos dizer que somos
Um povo privilegiado

Mas tchê, que barbaridade
Se tem lugar pra todos
Não briguemos entre nós
Estenda a mão a um amigo
Abrace forte um parceiro
Seja urbano ou campeiro
Não faça dele um algoz

O que dizer para os filhos
Que vão seguir nossos passos
Que a arte foi água abaixo
Por sermos ignorantes
Porque levar isso adiante
Se Deus nos legou o dom
De cantar com o coração
Com alma e paz no semblante

De outra banda parceiro
Que no povo se arranchou
Respeite por quem optou
Pelo canto de raiz
Aplaude e peça bis
Ao que de bombacha e bota
Mesmo no fundo da grota
Também busca ser feliz

Mas tchê, que barbaridade
Se tem lugar pra todos
Não briguemos entre nós
Estenda a mão a um amigo
Abrace forte um parceiro
Seja urbano ou campeiro
Não faça dele um algoz


Intérprete: Nenito Sarturi, Nilton Ferreira

Canto Da Terra


Canto Da Terra
(Valter Luiz Fiorenza, Nenito Sarturi)

Surgem estradas escuras
Sobre os atalhos de mim
Brotam olhares, sussurros
Dos grandes bosques sem fim
Vingam perguntas no canto
Que quer ser canto de aurora
Bate o minuano na porta
Dizendo que está na hora

Para cantar o meu canto
Eu quero acordar o povo
Cantar meu canto de terra
Cantar meu canto que é novo

Essas entranhas viradas
Que são varadas de arado
Essa campina lavrada
Que está saudosa do gado
Traz junto à tristeza imensa
Um convite pra cantar
Meu canto xucro é um protesto
Que corcoveia no ar

Para cantar o meu canto
Eu quero acordar o povo
Cantar meu canto de terra
Cantar meu canto que é novo

Canto do chão, é teu peão
O taura que é teu cantor
Nasce meu canto num canto
Do velho galpão da dor
Trago nos tentos a mágoa
De andar cantando solito
Vem, meu amigo, comigo
Vem me ajudar neste grito

Para cantar o meu canto
Eu quero acordar o povo
Cantar meu canto de terra
Cantar meu canto que é novo



Infância Perdida


Infância Perdida
(João Pantaleão Leite, Nenito Sarturi, Luiz Lanfredi)

Perdido, procuro os campos e poente multicor
Já não vejo pirilampos alumiando o corredor
Sinto falta da bonança do meu sorriso criança
Resquícios de brisa mansa nas laranjeiras em flor

Nessa lembrança, vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d’água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto

Cadê a tropa de mentira que jamais teve refugo
O meu lacinho de imbira, boleadeiras de sabugo
A tropilha malacara se perdeu numa coivara
E eu potro de taquara me fugiu com laço e tudo

Nessa lembrança, vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d’água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto

Perdi o caniço franzino nas águas turvas do açude
Rolou meu sonho menino que nem bolita de gude
Sumiu a estampa fagueira qual pandorga caborteira
Numa tarde domingueira campeando minha juventude

Nessa lembrança, vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d’água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto

Com seu bodoque certeiro, pacholice de piá
O mundo maula traiçoeiro me abateu como a um sabiá
Nos alambrados da vida campeio a infância perdida
Que as arapucas bandidas deixaram ao deus-dará

Nessa lembrança, vem saudade da distância
A minha infância se bandeou pra o lado oposto
Vai derramando a pipa d’água de meus olhos
Deixando trilhas pelas rugas do meu rosto



Os Monarcas - Infância Perdida by Guascaletras