Meus Dois Amigos
(Jayme
Caetano Braun, Noel Guarany)
Um
zaino negro de pechar num touro
Bem
na paleta e de cruzar por cima
E
cabresteando no costado o mouro
Mais
agarrado do que amor de prima
O
zaino é manso do andar das chinas
O
mouro é quebra e só respeita o dono
Mas
são dois cuscos sacudindo as crinas
Que
até nem dormem prá cuidar meu sono
O
mouro é um tigre de escorar num upa
Até
um turuno num aperto bravo
De
levantar um rancho na garupa
De
manotear se for preciso o diabo
Não
tenho pressa porque sei que chego
Ao
fim da estrada de gaúcho touro
De
dia ao trote do meu zaino negro
De
noite ao tranco no meu pingo mouro.