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DOIS MISSIONEIROS

TÍTULO
DOIS MISSIONEIROS
COMPOSITORES
LETRA
JUCA MORAES
CARLOS OMAR VILLELA GOMES
MÚSICA
NILTON FERREIRA
INTÉRPRETE
NILTON FERREIRA
RITMO
MILONGA
CD/LP
03º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
FESTIVAL
03º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR
MELHOR ARRANJO
MÚSICA MAIS POPULAR

DOIS MISSIONEIROS
(Juca Moraes, Carlos Omar Villela Gomes, Nilton Ferreira)

A lança espelha a Guitarra,
O lunar se faz garganta...
Dois tempos, sentando as garras
No lombo forte do pampa.
Unindo as trilhas da história
Dois tauras, mesmas verdades...
Pra um povo que tem memória
Se abraçam na eternidade!

Estradas que se confundem
Essência, cerne, bravura...
Idéias que não sucumbem
Ao fio das dores mais puras.
Honrando a Cruz Missioneira
Sacrossanta identidade...
Criando o mais belo poema
Que já semeou liberdade.

“.... Esta terra tem dono! ”
O grito ainda ressoa...
E encontra o canto dos livres
Nos hinos que o povo entoa!
Um mundo por construir,
Unidos na mesma fé
A alma de Cenair
E o coração de Sepé!

Se a terra está mais vermelha
Do sangue herói combatente,
Usou a mesma centelha
Pra forjar outro valente!
As duas vozes se ergueram
Ganhando céus e paixões
E vivas permaneceram
No ventre das Reduções.

Apenas dois missioneiros
Em dois tempos diferentes...
Um cantor, outro guerreiro
Peleando na mesma frente !
Duas Histórias que encantam,
Maiores que paz e guerra...
Mostrando que as águas cantam
O mesmo sonho da terra!


Eu Sou A Voz

Eu Sou A Voz
(Juca Moraes, Nilton Junior Da Silveira)

Eu sou a voz destes poetas delirantes
Eu canto os seus delírios do viver
Também viajo nos seus barcos sem amor
Eu mostro a dor que eles temiam esconder

Sou eu a flor que eles temiam não colher
Por entender que o bem-me-quer não lhe quer mais,
Eu sou a paz dos seus dias infelizes
E as cicatrizes das suas chagas naturais...

Sou eu, o palco, o microfone e a plateia
Eu sou a estréia pra esta dor se derramar
Eu abro o peito pra cantar a odisseia
Que nada é sem a magia de um cantar...

Eu canto a cor do poeta em seus escuros
Sou eu que juro entender sua dor
Me faço amor, mesmo que ame sem querer
É só saber que ele sofre deste amor.

Sou eu cantora que me finjo não chorar
Nem me importar com a dor que eles sentem
Mas se eles mentem que essa dor pode passar
Eu vou chorar cantando a dor que eles mentem


Intérpretes: Robledo Martins, Maria Helena Anversa

Na Hora do Mate


Na Hora do Mate
(Juca Moraes)

Nas tardes longas de infinda espera
Quando a saudade se fizer parceira
O pensamento abandona o cuera
Pra se encontrar com sua companheira

E nesse encontro terno de magia
Que os mais sensíveis deixam florescer
E erva amiga adocica a alma
Por mais caúna que ela possa ser

Quem não tiver pra onde ir
Largas estradas não serão caminhos
E o chimarrão só será amargo
Pra quem tiver que chimarrear sozinho

Quando se ama alguém que está distante
Não há lonjura que possa separar
O amor encurta todos os caminhos
Que a saudade insiste em alongar

Quem nunca amou não vai sentir saudade
Nem percorrer estradas de ilusão
E erva boa que adocica a alma
Pois o amargo está no coração

A Luz que Verte dos Sonhos


A Luz que Verte dos Sonhos
(Juca Moraes, Diogo Matos)

O som da vida se vestiu de verso
Pra se encontrar com a melodia
E os dois juntinhos ganharam os ares
Nesses cantares plenos de harmonias

Quem traz a alma a lançar sementes
Semeando auroras pra brotar a vida
Sabe que a luz que verte do sonho
É mais sublime quando dividida

A mãe que gera uma nova vida
Sabe de cor o som que ela tem
E vê no choro da recém – nascida
A esperança a brilhar também

Com a ternura de um amor profundo
Renasce o sonho de um viver a dois
Com a criança que ganhou o mundo
Nasce o futuro que virá depois

Estradas longas de chegadas tantas
Rios e barrancas nesse vai e vem
E a luz da vida alumbra os corredores
Com os valores que da alma vem

Santas Avós


Santas Avós
(Juca Moraes, Chico Saratt)

As fortes mulheres de cabelos brancos
Que semeiam vidas no seu andejar
São falsas franzinas que trançaram tentos
E nos maus momentos vêm nos levantar

Já foram meninas de tranças compridas
Saias coloridas e sorriso em flor
Filhas carinhosas esposas amadas
Mães abençoadas fadas do amor

Rezaram terços perderam sono
Em noites de outono de largos serões
Cobriram de afeto os que despontaram
Na vida fluente briguentos chorões

E essas mulheres tão cheias de mundo
Tem sonhos fecundos em seus arrebóis
Ocultam magias no rosto e no peito
Merecem respeito são santas avós