Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Jorge Guedes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jorge Guedes. Mostrar todas as postagens

PELEANDO EM OUTRA GUERRA

TÍTULO
PELEANDO EM OUTRA GUERRA
COMPOSITORES
LETRA
GUJO TEIXEIRA
MÚSICA
JORGE GUEDES
INTÉRPRETE
JORGE GUEDES & FAMÍLIA
RITMO
CD/LP

FESTIVAL

DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


PELEANDO EM OUTRA GUERRA
(Gujo Teixeira, Jorge Guedes)

Quantas vezes este lenço
Que foi brasão e bandeira
E apontou seus espaços
Delimitando fronteiras...
Honrando o sangue na veia
Já foi causa de peleia
No meio da polvadeira...

O branco, republicano
O rubro, federalista...
Andaram atado ao pescoço
Com famas de idealista...
Hoje de panos puídos
Já não definem partidos
Talvez, só pontos de vista...

Estes lenços já sem cores
De tradição intangível...
Hoje acenam pra pátria,
Naquilo que for possível...
Ostentam um simples luxo,
pra defender o gaúcho
Contra o inimigo invisível...

Quem hoje vê este lenço
De outro jeito, atado...
Não mais, batendo no peito
Com um velho nó, apertado.
Entende que a tradição
Agora é a proteção
De um gaúcho mascarado.

Por isso que este taura
Por garantido, não erra !
Anda achando o seu jeito
De continuar nesta terra...
Não pensem que é um bandido,
É um gaúcho prevenido
Peleando em outra guerra...



Na Pampa do Coração

Na Pampa do Coração
(João Sampaio, Jorge Guedes)

Gosto "às vez" de emborrachar-me
Com o mais terrunho som
Pealando algum tema nosso
Depois de encontrar o tom
Pa’ no morir  el gaucho que tengo
A caballo en el corazón!

Faço do canto que canto
Minha pampeana oração
Por isso às vezes me ajoelho
Na catedral do galpão
E acordo o Sepé que eu tenho
Sesteando no coração!

Para defender lo nuestro
Soy un cantor sín patrón
No nació maula que pueda
Sacar de adentro a tirón
El índio y el gaucho que tengo
En la pampa del corazón!

Sou da pampa...Sou assim
Mescla de vento e trovão
Eu já fui José Artigas
Depois de ter sido peão
Tengo un bisabuelo gaucho
Mateando no coração!

Tenho algo de Blau Nunes
E de perro chimarrão
Ninguém vai matar em mim
Tudo que herdei do meu chão
Nem o Martín Fierro que eu tenho
Arranchado no coração!

Para defender lo nuestro
Soy un cantor sín patrón
No naciól maula que pueda
Sacar de adentro a tirón
El índio y el gaucho que tengo
En la pampa del corazón!

Tenho um sotaque bilíngüe
E de couro cru um brasão
Muito de Don Segundo Sombra
Que se forjou na amplidão
Cuentos de viejas patriadas
Sorvidos ao pé do fogão
Paisanos y doble-chapas
Missioneiros de prontidão
Caudilhos no lombo da história
Fazendo patria e nação
Tenho tudo isso chamigo
E além disso meu irmão
Tenho um Noel Guarany
Ajoelhado no coração!

Pra defender o que é nosso
Sou um cantor sem patrão
Ainda não nasceu quem tire
Nem com bala de canhão
O gaúcho e o índio que eu tenho
Na pampa do coração!


Bagual De Corredor

Bagual De Corredor
(Julio Fontela, Adalberto Machado, Jorge Guedes)

Da licença companheiro que o bagual vai da um relincho
Mais xucro que touro alçado mais arisco que capincho

Vim no mundo por engano não sei que jeito ou maneira
Criado a leite de égua que nem burro pra carreira

Igual pastor de manada gaudério e namorador
Arrinconado no cambicho nas tianga de corredor

Eu levo a vida no tapa e a sorte vem de arrepio
Passo o tempo gauderiando na terra que me pariu

Só não quero ajojamento gosto de andar sozinho
Sem sirigote no lombo e sem buçal no focinho