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TRILHAS

TÍTULO
TRILHAS
COMPOSITORES
LETRA
CIDE GUEZ
MÚSICA
CIDE GUEZ
INTÉRPRETE
ORISTELA ALVES
ANA MARIA VELLO
RITMO
RANCHEIRA
CD/LP
08ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
FESTIVAL
08ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


TRILHAS
(Cide Guez)

Nas trilhas que andei
Ficou no meu rastro
A marca dos cascos
No chão das estradas
Não deixei feridos
Nem marcas de espinhos
Nem cruz nos caminhos
Da minha jornada

Se noite adentro me perco
Num manto de escuridão
Me acho depressa num upa
Na luz de um fogo de chão
Seguindo ao sabor do trote
No peito canções de amor
Se tiver pressa galopo
Nas asas de um beija-flor

Eu quero que brotem
Por todas as trilhas
Sementes de trégua
De paz e perdão
Prá todos aqueles
Que ainda procuram
No fio de uma adaga
A voz da razão

Queimada

Queimada
(Cide Guez)

Na boca da queima há um grito sentido
E a mão que incendeia, não pede perdão
Nem ouve os gemidos dos lírios feridos
E o choro de morte no verde do chão

A fumaça se ergue em negra romaria
O campo se veste cor dos temporais
As chamas se afundam pelas sesmarias
Vermelhas manadas de chucros baguais

É campo queimando, vai perdendo o pêlo
E a mão que incendeia não pede perdão
Nem ouve os gemidos dos lírios queimados
E o choro de morte no luto do chão

Agoniza o campo num manto de fogo
E um negro sudário se estende no chão
E um pássaro clama em tristes lamentos
O filho no ninho ainda embrião

É hora do homem parar de agredir
Ou gerações futuras serão caravanas errantes
Condenadas a morte da fome
Numa terra que não vai parir