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É Disso Que O Velho Gosta

É Disso Que O Velho Gosta
(Berenice Azambuja)

Eu sou um peão de estância nascida lá no galpão
E aprendi desde criança a honrar a tradição
Meu pai era um gaúcho que nunca conheceu luxo
Mas viveu folgado enfim,
E quando alguém perguntava
Do que ele mais gostava
O velho dizia assim:

Churrasco e bom chimarrão
Fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta
É isso que o velho quer

E foi assim que aprendi a gostar do que é bom
A tocar minha cordeona, cantar sem sair do tom
Ser amiga dos amigos, nunca fugir do perigo
Meu velho pai me ensinou,
Eu que vivo a cantar
Sempre aprendi a gostar
Do que meu velho gostou

Churrasco e bom chimarrão
Fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta
É isso que o velho quer

Saí da minha fazenda e me soltei pelo pago
E hoje tenho uma gaúcho para me fazer afago
E quando vier um piazito para enfeitar nosso ninho
Mais alegria vou ter
E se ele me perguntar
Do que se deve gostar, como meu pai vou dizer:

Churrasco e bom chimarrão
Fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta
É isso que o velho quer

Um Pito

Um Pito
(Nenito Sarturi, Cláudio Patias, Nelcy Vargas)

Olha, Guri ! Repara o que estás fazendo,
Depois que fores é difícil de voltar;
Passei-te um pito e continuas remoendo,
Teu sonho moço deste rancho abandonar.

Olha, Guri ! Lá no povo é diferente,
E certamente, faltará o que tens aqui;
Eu só te peço: Não esqueça de tua gente,
De vez em quando, manda uma carta, guri.

Se vais embora, por favor não te detenhas,
Sigas em frente e não olhes para trás;
Assim não vais ver a lágrima insistente,
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz

Olha, Guri! Prá tua mãe, cabelos brancos,
E pra este velho que te fala sem gritar;
Pesa teus planos, eu quero que sejas franco,
Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar.

Olha, Guri! Leva uns cobres de reserva,
Pega uma erva pra cevar teu chimarão;
E leva um charque, que é pra ver se tu conservas,
Uma pontinha de amor por este chão

Se vais embora, por favor não te detenhas,
Sigas em frente e não olhes para trás;
Assim não vais ver a lágrima insistente,
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz

Canto Alegretense

Canto Alegretense
(Antonio Fagundes, Bagre Fagundes)

Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão

Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã

Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy

E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer

E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão

Ouve o canto Gaucheso e Brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduy